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Primeira caminhada espacial feita por turistas da SpaceX

Primeira caminhada espacial feita por turistas da SpaceX A primeira caminhada espacial de turistas da SpaceX, realizada em 2024, marcou um momento histórico no turismo espacial. Essa missão foi parte do programa Polaris, liderado pelo bilionário Jared Isaacman, que também financiou e participou da missão Inspiration4 em 2021, a primeira missão totalmente civil a orbitar a Terra. A caminhada espacial fez parte da segunda missão do programa Polaris, chamada Polaris Dawn. Polaris Dawn foi projetada para levar uma tripulação composta inteiramente por civis ao espaço em um veículo SpaceX Dragon, com o objetivo de alcançar a órbita mais alta de uma missão tripulada desde a era Apollo, além de realizar a primeira caminhada espacial feita por não-astronautas profissionais. A caminhada ocorreu no vácuo do espaço, fora da nave, utilizando trajes espaciais desenvolvidos pela SpaceX. A missão teve objetivos científicos e de pesquisa, com a intenção de coletar dados sobre os efeitos da radiação cósmica em altitudes elevadas e testar novos trajes espaciais, que podem ser essenciais para futuras missões à Lua e Marte. Além disso, o voo serviu para preparar as bases para futuras missões de turismo espacial e exploração mais ampla do espaço. A missão e a caminhada espacial de civis representam um avanço significativo na comercialização e democratização do espaço, com empresas privadas como a SpaceX desempenhando um papel central no desenvolvimento de tecnologias para o futuro da exploração espacial humana.

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Cientistas chineses usam solo da lua para produzir água em grande quantidade

Cientistas chineses usam solo da lua para produzir água em grande quantidade Cientistas chineses revelaram um método inédito para gerar grandes quantidades de água a partir de amostras de solo lunar coletadas em 2020. A novidade foi divulgada pela emissora estatal CCTV. A missão Chang’e-5, realizada pela China, trouxe para a Terra amostras de rochas e solo lunar pela primeira vez em 44 anos. De acordo com os pesquisadores, esses materiais continham traços de hidrogênio que, quando submetidos a altas temperaturas, liberam vapor d’água. Após três anos de investigações, a China anunciou que está pronta para produzir água em larga escala. Esse novo método pode se tornar parte de um plano mais amplo, que visa à construção de uma base lunar permanente para a exploração e mineração de recursos do satélite. O país tem a ambição de estabelecer uma “estação básica” até 2035. Estima-se que uma tonelada de solo lunar possa gerar até 76 quilos de água. De acordo com a CCTV, essa quantidade corresponde a mais de 100 garrafas de 500 ml, o suficiente para suprir o consumo diário de cerca de 50 pessoas. Além disso, a missão Chang’e-6, também chinesa, retornou recentemente com novas amostras, desta vez provenientes do lado mais distante da Lua, mais afastado da Terra. A presença de água na Lua é considerada crucial para os planos de uma futura habitação humana no local, mas também pode ter outras utilidades. A NASA, por exemplo, aponta que o recurso pode ser transformado em combustível de hidrogênio, ajudando a viabilizar missões de exploração em Marte.

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Asteroide que vale quintilhões está enferrujando

Asteroide que vale quintilhões está enferrujando Observações realizadas pelo telescópio James Webb revelaram a presença de componentes de água no asteroide metálico 16 Psique, indicando que o corpo celeste, avaliado em quintilhões de dólares, pode estar enferrujando. Estima-se que o 16 Psique valha cerca de US$ 10 quintilhões – um valor que supera em 70 mil vezes o total da economia global. Esse gigantesco asteroide é o maior do cinturão entre Marte e Júpiter. Com sua superfície extremamente brilhante, os cientistas acreditam que o 16 Psique seja composto por grandes quantidades de metais raros. Isso levou a NASA a lançar a missão Psyche, com o objetivo de estudar esse asteroide valioso. No entanto, nem tudo que brilha é metal puro. As observações recentes do telescópio James Webb detectaram a presença de hidroxila, um componente relacionado à água, na superfície do asteroide. Essa substância parece estar se ligando aos metais do 16 Psique, resultando em um processo de oxidação, ou seja, o asteroide está enferrujando. O estudo, conduzido por uma equipe de astrônomos liderada por Stephanie Jarmak, ex-pesquisadora do Southwest Research Institute (SwRI), analisou imagens do polo norte do 16 Psique capturadas pelo instrumento NIRSPec do telescópio James Webb em março de 2023. Essas imagens identificaram uma assinatura de hidroxila, semelhante à encontrada em meteoritos oxidados. Embora o telescópio não tenha detectado diretamente água em estado líquido ou vapor, não se pode descartar sua existência, já que ela poderia estar presente em outras áreas do asteroide ou em quantidades inferiores ao limite de detecção. A origem da hidroxila que está oxidando o asteroide ainda é desconhecida. Algumas hipóteses sugerem que ela possa ter se formado no próprio asteroide ou que tenha se originado de fora do Sistema Solar. Missão Psyche A NASA lançou em outubro de 2023 a missão Psyche, que pretende estudar a topografia e gravidade do 16 Psique. Além disso, a missão também vai testar uma nova tecnologia de comunicação a laser chamada DSOC (Deep Space Optical Communication), que utiliza fótons em comprimentos de onda infravermelha para melhorar a comunicação com a Terra. A chegada da missão Psyche ao asteroide está prevista para 2029.

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NASA descobre enorme reservatório subterrâneo de água em Marte

NASA descobre enorme reservatório subterrâneo de água em Marte Um vasto reservatório de água líquida pode estar oculto nas profundezas de Marte, aprisionado em rochas ígneas fraturadas. Esse reservatório teria o volume necessário para cobrir o planeta com um oceano, segundo estimativas de cientistas baseadas em dados sísmicos da sonda InSight, da NASA. Durante a missão, que contribuiu para a compreensão do interior de Marte, foram detectadas essas possíveis reservas a uma profundidade entre 11,5 e 20 km abaixo da superfície. A descoberta sugere que esse ambiente pode ter condições favoráveis à existência de vida microbiana, seja atualmente ou em algum momento no passado. “Em tais profundidades, a crosta é suficientemente quente para que a água permaneça líquida. Em níveis mais rasos, ela estaria congelada”, explicou Vashan Wright, cientista planetário do Instituto Scripps de Oceanografia da Universidade da Califórnia, em San Diego, e principal autor do estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Na Terra, formas de vida microbiana já foram encontradas em áreas subterrâneas onde há água em rochas saturadas, com acesso a fontes de energia, como destacou Michael Manga, coautor do estudo e cientista planetário da Universidade da Califórnia, em Berkeley. A sonda InSight, que aterrissou em Marte em 2018, realizou medições detalhadas do interior do planeta, incluindo a análise de suas camadas, desde o núcleo de metal líquido até a crosta. A missão foi encerrada em 2022. “A InSight mediu a velocidade das ondas sísmicas e como elas variam com a profundidade, o que nos permite deduzir as características das rochas, incluindo a presença de fraturas e o que as preenche”, explicou Wright. “Combinamos essas medições sísmicas com dados de gravidade e modelos de física de rochas semelhantes aos usados na Terra para estudar aquíferos ou mapear recursos subterrâneos de petróleo e gás.” Os dados revelaram a possível existência de um grande reservatório de água líquida dentro de rochas ígneas fraturadas, formadas pelo resfriamento de magma ou lava. “A explicação mais consistente com os dados sísmicos e gravitacionais é a presença de uma crosta rachada, cheia de água líquida”, disse Wright. “Se retirássemos toda essa água, seria o suficiente para formar um oceano com 1 a 2 km de profundidade, cobrindo a superfície de Marte.” Atualmente, Marte é frio e desolado, mas há bilhões de anos era quente e úmido. Este estudo indica que boa parte da água que existia na superfície pode ter sido absorvida pela crosta, em vez de ter escapado para o espaço. “Marte, em seus primórdios, tinha água líquida em rios, lagos e até oceanos. A crosta também pode ter armazenado essa água desde muito cedo”, disse Manga. “Na Terra, a água subterrânea infiltra-se a partir da superfície, e é provável que a água de Marte tenha seguido o mesmo caminho, em uma época em que sua crosta era mais quente.” Se um dia a humanidade planejar colonizar Marte, a água será um recurso essencial. Embora haja água em forma de gelo nos polos e no subsolo do planeta, a profundidade da água líquida subterrânea identificada dificultaria seu acesso. “Perfurar até essas profundidades é um enorme desafio”, explicou Manga. “Uma alternativa seria buscar regiões com atividade geológica, como Cerberus Fossae, onde a água poderia ser expelida naturalmente. Entretanto, isso exigiria cuidados para proteger o ambiente marciano.”

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Caverna na Lua que pode ser habitada por humanos

Caverna na Lua que pode ser habitada por humanos Pela primeira vez na história, foi descoberta uma caverna na Lua localizada em um poço natural na superfície lunar. O achado está próximo ao local onde os astronautas Buzz Aldrin e Neil Armstrong pousaram há 55 anos. De acordo com cientistas da Universidade de Trento, na Itália, que publicaram a descoberta em um estudo no dia 15 de julho, a caverna poderia ser ideal para a construção de uma base permanente para humanos na Lua. A caverna está situada na região conhecida como Mar da Tranquilidade, a cerca de 400 quilômetros do ponto de pouso da Apollo 11, e se formou após o colapso de um tubo de lava. Os cientistas analisaram dados obtidos pelos radares do Orbitador de Reconhecimento Lunar da NASA e os compararam com formações semelhantes de tubos de lava na Terra. A caverna está localizada no poço mais profundo da Lua, formado por antigos tubos de lava, como muitos outros poços lunares. Os dados dos radares revelaram apenas a parte inicial da caverna, que, segundo os cientistas, tem 45 metros de largura, 80 metros de comprimento e está situada a 150 metros de profundidade. Uma base permanente na caverna da Lua “Cavernas na Lua eram um mistério por mais de 50 anos. Foi emocionante conseguir comprovar a existência de uma delas”, afirmam os pesquisadores de Trento. A descoberta sugere que podem existir centenas de cavernas e milhares de tubos de lava na Lua. O estudo aponta que a caverna pode ser um local promissor para estabelecer uma base lunar, pois oferece proteção natural contra as adversidades da superfície lunar, como raios cósmicos e radiação solar. Além disso, uma base dentro da caverna permitiria missões de exploração lunar mais longas. Entretanto, o desafio será construir ambientes habitáveis do zero, algo que, segundo os pesquisadores, exigiria um tempo considerável.

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NASA divulga imagens de misterioso buraco em Marte

NASA divulga imagens de misterioso buraco em Marte A NASA divulgou imagens de um profundo e enigmático abismo em Marte, que se destacou também por suas dimensões impressionantes. As fotos foram capturadas em 24 de janeiro de 2021 pelo satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) e revelam, com grande nível de detalhe, uma cratera de 180 metros de diâmetro, atualmente sendo investigada pelos cientistas da agência. A pesquisa da NASA sugere que o buraco pode ter sido formado por uma rede de túneis criados pela passagem rápida de magma. Essa hipótese é baseada em comparações com um fenômeno semelhante observado na Terra, no Parque Nacional dos Vulcões, no Havaí. Na imagem acima, o buraco é apresentado em uma visualização “normal”, como seria visto a olho nu, e ao lado há uma versão usando a tecnologia HiRISE do MRO. Essa tecnologia permite ajustar os níveis de brilho dos pixels capturados dentro do abismo, oferecendo uma visão mais detalhada de sua estrutura. Através dessa segunda imagem, os cientistas notaram o que parece ser areia mais fina perto do fundo, com declives que se dirigem para o sudeste do abismo. Isso reforça a teoria de que o buraco pode fazer parte de uma rede subterrânea de túneis. Essa não é a primeira vez que a NASA detecta um buraco desse tipo em Marte, e há tempos os cientistas investigam a possibilidade de uma rede de túneis formados por magma. O avanço dessa pesquisa pode vir com o uso de uma tecnologia cada vez mais comum nas casas: drones. A NASA já anunciou que está desenvolvendo drones para explorar Marte, e esses dispositivos serão ideais para investigar abismos que as sondas, como a Mars Rover, não conseguiriam acessar.

Foto Real de Exoplaneta sem estrela a 80 anos-luz da Terra-thumb
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Foto Real de Exoplaneta sem estrela a 80 anos-luz da Terra

Foto Real de Exoplaneta sem estrela a 80 anos-luz da Terra Localizado a cerca de 80 anos-luz de distância, na constelação de Capricórnio, o PSO J318.5-22 possui uma massa apenas seis vezes maior que a de Júpiter. Ele faz parte do grupo móvel Beta Pictoris, uma coleção de estrelas jovens que se formou há aproximadamente 12 milhões de anos. O grupo leva o nome de sua estrela principal, Beta Pictoris, que abriga um jovem planeta gigante gasoso em sua órbita. No entanto, PSO J318.5-22 tem uma massa ainda menor que a do planeta Beta Pictoris e provavelmente se formou de uma maneira diferente. Esse exoplaneta é um dos objetos flutuantes de menor massa conhecidos, talvez o mais leve. O que o torna único é que sua massa, cor e emissão de energia são semelhantes às dos planetas fotografados diretamente. PSO J318.5-22 é extremamente frio e fraco, sendo cerca de 100 bilhões de vezes mais fraco em luz óptica do que Vênus. A maior parte de sua energia é emitida em comprimentos de onda infravermelhos. “Os planetas descobertos por imagens diretas são incrivelmente difíceis de estudar, pois estão muito próximos de suas estrelas hospedeiras, que são muito mais brilhantes. Como o PSO J318.5-22 não está orbitando uma estrela, será muito mais fácil estudá-lo. Isso nos proporcionará uma visão fascinante do funcionamento interno de planetas gigantes gasosos como Júpiter logo após seu nascimento”, afirmou o Dr. Niall Deacon, do Instituto Max Planck de Astronomia na Alemanha, coautor do artigo aceito para publicação na revista Astrophysical Journal Letters (arXiv.org). PSO J318.5-22 foi descoberto durante uma busca por estrelas fracassadas conhecidas como anãs marrons. Devido às suas temperaturas relativamente baixas, as anãs marrons são muito fracas e apresentam cores extremamente vermelhas. Para superar essas dificuldades, os astrônomos utilizaram dados do telescópio Pan-STARRS 1 (PS1), que examina o céu todas as noites com uma câmera sensível o suficiente para detectar as fracas assinaturas de calor das anãs marrons. PSO J318.5-22 se destacou como um objeto excêntrico, ainda mais vermelho do que as anãs marrons mais vermelhas conhecidas. “Muitas vezes, descrevemos a busca por objetos celestes raros como procurar uma agulha no palheiro. Por isso, decidimos pesquisar no maior palheiro da astronomia: o conjunto de dados do PS1”, disse o coautor Dr. Eugene Magnier, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí em Manoa. Os cientistas seguiram a descoberta do PS1 com observações de vários telescópios no cume do Mauna Kea, na ilha do Havaí. Os espectros infravermelhos obtidos com o Infrared Telescope Facility da NASA e o Gemini North Telescope revelaram que o PSO J318.5-22 não era uma anã marrom, com base em assinaturas em sua luz infravermelha que são mais bem explicadas por sua juventude e baixa massa. “Nunca vimos antes um objeto flutuando livremente no espaço com essas características. Ele possui todas as propriedades de planetas jovens encontrados ao redor de outras estrelas, mas está à deriva sozinho. Muitas vezes me perguntei se tais objetos solitários existiam, e agora sabemos que existem”, disse o autor principal, Dr. Michael Liu, também do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí em Manoa. Fonte: Michael C. Liu et al. 2013. The Extremely Red, Young L Dwarf PSO J318-22: A Free-Floating Planetary-Mass Analog to Directly Imaged Young Gas-Giant Planets. ApJ Letters, accepted for publication; arXiv: 1310.0457

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Identificada molécula de água em asteroide

Identificada molécula de água em asteroide Com base nos dados obtidos do SOFIA (Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy) — um projeto colaborativo entre a NASA e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) —, cientistas do Southwest Research Institute (SwRI) descobriram pela primeira vez moléculas de água na superfície de um asteroide. Os pesquisadores analisaram quatro asteroides ricos em silicatos utilizando o instrumento FORCAST, que permitiu identificar assinaturas espectrais no infravermelho médio indicativas de água molecular em dois desses asteroides. Os asteroides são remanescentes do processo de formação planetária, com composições que variam conforme o local onde se formaram na nebulosa solar. A distribuição de água nos asteroides é de particular interesse, pois pode ajudar a entender como a água chegou à Terra. Asteroides anidros de silicatos se formam perto do Sol, enquanto materiais gelados se aglomeram mais longe. Compreender a localização e a composição dos asteroides ajuda a revelar como os materiais na nebulosa solar foram distribuídos e evoluíram desde a sua formação. A distribuição de água no Sistema Solar também pode fornecer insights sobre a presença de água em outros sistemas solares e, considerando que a água é essencial para a vida, orientar a busca por vida potencial tanto em nosso Sistema Solar quanto além dele. O SOFIA detectou anteriormente moléculas de água em uma das maiores crateras do hemisfério sul da Lua, e agora também nos asteroides Iris e Massalia. Observações anteriores, tanto da Lua quanto de asteroides, detectaram algum tipo de hidrogênio, mas não conseguiram diferenciar entre água e hidroxila, um composto químico semelhante. Os cientistas detectaram a quantidade de água equivalente a 35 cl (centilitros) presa em um metro cúbico de solo espalhado pela superfície lunar, quimicamente ligada a minerais. Com base na intensidade das características espectrais, a abundância de água nos asteroides é consistente com a encontrada na Lua iluminada pelo Sol. Da mesma forma, nos asteroides, a água também pode estar ligada a minerais, adsorvida em silicatos, ou presa e dissolvida em vidro de impacto de silicatos. Os dados de outros dois asteroides, Partenope e Melpômene, eram muito ruidosos para permitir uma conclusão definitiva. Aparentemente, o instrumento FORCAST não é sensível o suficiente para detectar as características espectrais da água, caso ela esteja presente. No entanto, com essas descobertas, a equipe está se voltando para o Telescópio Espacial James Webb da NASA, o principal telescópio infravermelho espacial, para usar sua ótica precisa e superior relação sinal-ruído para investigar outros alvos. Fonte: Southwest Research Institute

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Webb registra quasar na forma de um anel adornado com joias

Webb registra quasar na forma de um anel adornado com joias Esta nova imagem capturada pelo Telescópio Espacial James Webb revela as lentes gravitacionais do quasar RX J1131-1231, situado a cerca de seis bilhões de anos-luz da Terra, na constelação da Taça (Crater). RX J1131-1231 é considerado um dos melhores exemplos de quasares com lentes gravitacionais já descobertos, pois a galáxia em primeiro plano distorce a imagem do quasar de fundo, formando um arco luminoso e gerando quatro imagens distintas do objeto. As lentes gravitacionais, previstas por Albert Einstein, oferecem uma rara oportunidade para estudar regiões próximas a buracos negros em quasares distantes, funcionando como telescópios naturais que ampliam a luz dessas fontes. Toda a matéria no Universo distorce o espaço ao seu redor, e quanto maior a massa, mais forte é o efeito. Em torno de objetos extremamente massivos, como galáxias, a luz que passa nas proximidades segue esse espaço distorcido, desviando-se visivelmente de seu caminho original. Uma das consequências das lentes gravitacionais é a ampliação de objetos astronômicos distantes, permitindo o estudo de corpos celestes que seriam fracos demais para serem observados de outra forma. As medições de raios X emitidos por quasares podem indicar a velocidade de rotação do buraco negro central, fornecendo pistas importantes sobre o crescimento dos buracos negros ao longo do tempo. Por exemplo, se um buraco negro cresce principalmente por colisões e fusões de galáxias, ele acumula material em um disco estável, levando a uma rotação rápida. Em contraste, se o crescimento se dá por muitos pequenos episódios de acreção, o material seria acumulado em direções aleatórias. As observações revelaram que o buraco negro neste quasar em particular gira a mais de metade da velocidade da luz, sugerindo que ele cresceu através de fusões, em vez de atrair material de diferentes direções. Esta imagem foi obtida com o instrumento MIRI (Mid-Infrared Instrument) do James Webb, como parte de um programa de observação destinado a estudar a matéria escura. A matéria escura, uma forma invisível de matéria que constitui a maior parte da massa do Universo, está sendo explorada em detalhes sem precedentes através das observações de quasares feitas pelo Webb. Fonte: ESA

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A explosão de raios gama mais brilhante já vista

A explosão de raios gama mais brilhante já vista Em outubro de 2022, astrônomos ficaram surpresos ao testemunhar a mais brilhante explosão de raios gama já registrada, rapidamente apelidada de BOAT, que significa “a mais brilhante de todos os tempos” (“brightest of all time”, em inglês). Recentemente, cientistas descobriram que dados do telescópio espacial de raios gama Fermi, da NASA, revelaram uma característica nunca antes vista. Poucos minutos após a erupção da BOAT, o Gamma-ray Burst Monitor (GBM) do Fermi detectou um pico de energia incomum. Quando a matéria interage com a luz, essa energia pode ser absorvida e reemitida de maneiras específicas, o que pode alterar o brilho de determinadas cores (ou energias). Essas interações podem criar características visíveis no espectro de luz, como um arco-íris, e revelar informações valiosas, como os elementos químicos envolvidos. Em energias mais elevadas, essas características espectrais podem indicar processos específicos de partículas, como a aniquilação de matéria e antimatéria, que produz raios gama. Embora estudos anteriores tenham sugerido possíveis evidências dessas características em outras GRBs, análises subsequentes indicaram que poderiam ser apenas flutuações estatísticas. As GRBs são as explosões mais poderosas do universo, emitindo grandes quantidades de raios gama, a forma mais energética de luz. O tipo mais comum de GRB ocorre quando o núcleo de uma estrela massiva esgota seu combustível, colapsa e forma um buraco negro em rápida rotação. A matéria que cai no buraco negro gera jatos de partículas que atravessam as camadas externas da estrela quase à velocidade da luz. Essas explosões são detectadas quando um desses jatos aponta diretamente para a Terra. A BOAT, oficialmente conhecida como GRB 221009A, entrou em erupção em 9 de outubro de 2022, saturando imediatamente a maioria dos detectores de raios gama em órbita, incluindo os do Fermi. Isso impediu os cientistas de medir a parte mais intensa da explosão. No entanto, observações reconstruídas e argumentos estatísticos sugerem que a BOAT foi provavelmente a explosão mais brilhante que apareceu nos céus da Terra em 10.000 anos. Uma suposta linha de emissão foi observada quase cinco minutos após a explosão, quando a saturação no Fermi já havia diminuído. Essa linha persistiu por pelo menos 40 segundos, atingindo um pico de energia de cerca de 12 MeV (milhões de elétrons-volt), muito acima da energia da luz visível, que varia entre 2 e 3 elétrons-volt. Mas o que gerou essa característica espectral? A equipe acredita que a explicação mais provável seja a aniquilação de elétrons com seus equivalentes de antimatéria, os pósitrons. Quando um elétron e um pósitron colidem, eles se aniquilam, gerando um par de raios gama com uma energia de 0,511 MeV. Como a matéria no jato se move quase à velocidade da luz, essa emissão é fortemente deslocada para o azul e impulsionada para energias muito mais altas. Se essa interpretação estiver correta, para produzir uma linha de emissão com um pico de 12 MeV, as partículas aniquiladoras precisariam estar se movendo em nossa direção a aproximadamente 99,9% da velocidade da luz. Fonte: Artigo foi publicado na revista Science e NASA

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