Explosão ao vivo: Quem eram os astronautas da Challenger

No dia 28 de janeiro de 1986, o mundo ficou chocado com o acidente da Challenger. Às 16h38 (UTC) – 13h38 (horário de Brasília), o ônibus espacial decolou do Cabo Canaveral com parentes dos astronautas convidados a assistir à decolagem em um palanque vip, além de milhões de pessoas que acompanhavam o evento ao vivo pela televisão.

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Infelizmente, 73 segundos após a decolagem, a tragédia ocorreu! A nave se desintegrou numa violenta explosão formando uma gigantesca nuvem de fumaça e deixando a plateia atônita. Ninguém conseguia acreditar no que estava acontecendo.

A Challenger levava sete astronautas para uma missão que visava lançar um satélite, transportar material relacionado a experimentos com o cometa Halley e programas de inserção de estudantes no projeto espacial.

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Christa McAuliffe

A missão contava com a presença da professora Christa McAuliffe, de 37 anos, devido ao projeto estudantil “Professor no Espaço”, anunciado pelo presidente Ronald Reagan. O projeto tinha como objetivo despertar o interesse de estudantes por matemática, ciência e exploração espacial, e Christa, selecionada entre 11 mil professores, daria aulas para crianças durante sua estadia em órbita. Essa foi a primeira vez que um ônibus espacial transportou alguém que não era astronauta por formação.

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Francis Scobee

O tenente-coronel Francis Scobee, de 46 anos, comandava o ônibus espacial Challenger. Ele havia sido piloto de combate da Força Aérea dos EUA na Guerra do Vietnã e já tinha viajado ao espaço em 1984, na própria Challenger, onde morreria em 1986.

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Michael Smith

O capitão Michael Smith, 40 anos, era formado em Engenharia Aeronáutica e foi designado como piloto na missão espacial da Challenger.

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Ellison Onizuka

Ellison Onizuka, engenheiro aeroespacial de 39 anos, havia viajado ao espaço na nave Discovery em 1985. Ele também fez parte da equipe de apoio em terra de duas missões do ônibus espacial Columbia, que acabou explodindo em 2003.

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Judith Resnik

Judith Resnik, com 36 anos e formada em Engenharia Elétrica, foi a segunda mulher a ir para o espaço, a bordo da nave Discovery, em 1984. Infelizmente, ela perdeu a vida no acidente da Challenger. Em sua homenagem, uma cratera na Lua e um asteroide (o 3356 Resnik) receberam o seu nome.

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Ronald McNair

Ronald McNair, físico com doutorado na área, entrou para a NASA em 1978. Com 35 anos de idade e 191 horas de voo espacial, ele se destacava também como saxofonista. McNair planejava tocar um solo de saxofone durante a missão no Challenger, o que seria a primeira vez que uma peça musical seria gravada no espaço.

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Gregory Jarvis

Gregory Jarvis, engenheiro elétrico com 41 anos de idade, foi nomeado como o especialista de carga da missão do ônibus espacial Challenger. Ele havia sido capitão da Força Aérea e trabalhado em satélites de comunicações táticas de tecnologia avançada.

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Após o desastre, equipes de busca trabalharam por meses para recuperar os destroços do ônibus espacial Challenger e levá-los para áreas de represamento no Centro Espacial Kennedy e na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral. Utilizando submarinos, sonares e outros equipamentos, muitas peças foram encontradas no fundo do oceano. Depois da conclusão do relatório sobre o acidente, os destroços foram armazenados permanentemente em dois silos de mísseis abandonados e seguros na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral.

Criado em 1982, o Challenger realizou 10 missões em 3 anos de operação, tornando-se o ônibus espacial com menos missões realizadas. Fazia parte de um grupo de 5 ônibus espaciais, sendo que o Columbia também explodiu.

O desastre poderia ter sido evitado. O engenheiro Allan MacDonald havia alertado sobre o risco de uma explosão devido ao frio intenso, que havia formado pedaços pontiagudos de gelo na torre de serviço. MacDonald sofreu retaliações ao se manifestar contrário ao lançamento da aeronave.

Durante a decolagem, o anel de borracha que vedava os anéis do foguete acoplado ao ônibus espacial rachou devido ao congelamento, provocando vazamento de combustível inflamado. A explosão de milhões de litros de hidrogênio e oxigênio fragmentou a nave. A cápsula onde estavam os astronautas ainda subiu por alguns minutos após a explosão antes de despencar em direção ao mar. Infelizmente, o sonho chegou ao fim para a tripulação.

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