astronomia e suas subdivisões

Introdução a Astronomia

Estações do Ano e Fuso Horário

Estações do Ano e Fuso Horário O movimento anual da Terra ao redor do Sol está vinculado as estações do ano, sendo que a trajetória circular anual do Sol está inclinada em cerca de 23,5° em relação ao plano do equador celeste. Essa inclinação tem impacto direto na iluminação do nosso planeta ao longo do ano, influenciando as variações climáticas que resultam nas diferentes estações. Uma consequência desse fenômeno é a ocorrência de estações opostas nos hemisférios terrestres. Enquanto o hemisfério sul vivencia o verão, o hemisfério norte está no inverno, e vice-versa. Na eclíptica o que está associado às estações e a duração dos dias e das noites são o Solstício e o Equinócio. Essa trajetória é denominada eclíptica porque é nela que a Lua se posiciona durante um eclipse. Vale ressaltar que essa trajetória é quase circular. Solstício Durante essa época do ano, os raios solares incidem de forma mais oblíqua sobre o hemisfério sul da Terra, resultando em uma menor quantidade de calor. Esse momento é conhecido como solstício do inverno austral, onde “solstício” significa que o Sol parece ficar parado (do latim: solstitium). A noite do solstício do inverno austral é a mais longa do ano. Após esse solstício, tanto os dias civis quanto os astronômicos começam a aumentar gradualmente em duração. Por outro lado, no solstício de verão austral, que ocorre por volta do dia 21 de dezembro, o hemisfério sul experimenta o “dia claro” mais longo do ano, pois o Sol alcança sua posição mais ao sul em relação ao equador celeste. Durante o verão, os raios solares incidem de maneira menos oblíqua, especialmente em áreas próximas ao Trópico de Capricórnio, resultando em maior insolação. Após o solstício de verão, os dias claros gradualmente diminuem em duração novamente. Em dois momentos intermediários especiais, por volta dos dias 22 de setembro e 20 de março, ocorrem os equinócios de primavera e outono. Nessas datas, tanto o “dia claro” quanto a noite têm a mesma duração em todo o globo terrestre. Equinócio A palavra “equinócio”, de origem latina, significa que as noites têm uma duração igual. Os equinócios acontecem quando o Sol está sobre o círculo do equador celeste, movendo-se do hemisfério celeste norte para o sul no equinócio da primavera austral, e fazendo o caminho oposto no equinócio do outono austral. Durante esses dias, ambos os hemisférios terrestres recebem a mesma quantidade de radiação solar. Do início do outono austral até o fim do inverno, os dias são mais curtos do que as noites (com a noite mais longa ocorrendo no início do inverno). Já do início da primavera ao fim do verão, essa situação se inverte (com o dia mais longo acontecendo no início do verão). Em sequência, para o hemisfério sul da Terra, temos o equinócio de outono em 20 ou 21 de março, o solstício de inverno entre 21 e 23 de junho, o equinócio de primavera em 22 ou 23 de setembro e o solstício de verão entre 21 e 23 de dezembro. Hora Solar e Fuso Horário O Sol alcança sua posição mais alta no céu ao meio-dia solar, mas isso ocorre em momentos distintos para cada meridiano terrestre, à medida que a Terra gira em torno de si mesma. Enquanto em um lugar específico o Sol está no ponto mais alto, em outros lugares ele já passou ou ainda está por passar por esse ponto. Da mesma forma, enquanto o Sol está nascendo no horizonte em alguns locais, em outros ele está se pondo. Assim, a hora solar é local e é indicada diretamente por um relógio solar. Além disso, o Sol não se move com a mesma velocidade ao longo de sua trajetória aparente anual ao redor da Terra. Para compensar essa variação, foi desenvolvida a hora solar média, baseada no movimento uniforme de um Sol fictício. A diferença entre a hora solar média e a hora solar verdadeira é chamada de Equação do Tempo, que pode resultar em até 15 minutos a mais ou a menos. Essa equação decorre do fato de que a velocidade da Terra em sua órbita elíptica ao redor do Sol não é constante, como observado por Kepler. Cada fuso horário corresponde a uma faixa de longitude terrestre de 15° (ou 1 hora), onde a hora civil ou legal é baseada na hora solar média do meridiano central desse fuso. O meridiano de origem (longitude = 0 horas) dos os fusos horários é o que passa pelo Observatório de Greenwich, escolhido por razões históricas. O Brasil possui quatro fusos horários: Fuso Horário Locais – 2 horas Fernando de Noronha e Ilhas Oceânicas – 3 horas Brasília e a maioria dos estados – 4 horas para os estados de RO, RR, MS, MT, parte oeste do Pará e a parte leste do Amazonas – 5 horas para o Acre e o extremo oeste do Amazonas

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Cartas Celestes

Cartas Celestes As cartas celestes são uma representação gráfica do céu, e servem para identificar objetos celestes, como estrelas e constelações, podendo até ser usadas na orientação na navegação. Essas cartas são elaboradas em termos do sistema de coordenadas equatoriais, que é mais universal. Elas adotam a perspectiva de um observador situado sob a esfera celeste, onde as direções cardeais correspondentes são: Ponto Cardeal Posição na Carta Norte Topo da carta Sul Extremidade inferior da carta Leste Esquerda Oeste Direita As cartas celestes geralmente apresentam apenas estrelas, embora às vezes possam incluir as posições de galáxias ou nebulosas. Utilizar uma carta celeste é muito simples e requer apenas que o observador esteja familiarizado com o céu que está observando. Uma maneira bastante intuitiva de acompanhar a descrição da carta é imaginá-la posicionada acima da cabeça do observador, paralela ao zênite. Dessa forma, as direções fornecidas pela carta celeste se alinham perfeitamente com aquelas identificadas com os pontos cardeais no local de observação. Constelações As constelações são conjuntos visíveis de estrelas que os astrônomos da antiguidade conceberam como formando figuras de pessoas, animais ou objetos. Existem 88 constelações, que podem ser classificadas em: Classificação Localização Austrais que se localizam no hemisfério celeste sul Boreais que se localizam no hemisfério celeste norte Zodiacais que são cortadas pela eclíptica, localizando-se próximas dos limites entre os hemisférios norte e sul celestes Equatoriais que são cortadas pelo equador celeste Circumpolares Norte e Sul próximas aos polos Asterismo Em astronomia, um asterismo é um padrão reconhecível de estrelas visível no céu noturno da Terra. Esse padrão pode estar contido em uma constelação oficial ou ser formado por estrelas de várias constelações diferentes.

aula 01
Introdução a Astronomia

Astronomia e suas subdivisões

O que é Astronomia e suas subdivisões A Astronomia é a ciência dedicada à análise dos corpos celestes. Sua origem etimológica remonta ao grego, onde άστρο + νόμος se traduz como “Lei das Estrelas”. O escopo da Astronomia abrange a observação meticulosa e o estudo sistemático do Universo, compreendendo os objetos celestes nele presentes. Seu propósito é situá-los no espaço e no tempo, elucidando suas origens, movimentos, natureza, constituição e características. A Astronomia se desdobra em vários ramos, abrangendo tanto aspectos observacionais quanto teóricos: Subdivisão O que Estuda Astronomia solar Relacionada a dinâmica e evolução solar Planetologia Relacionada a dinâmica e evolução planetária Astronomia Estelar Relacionada a dinâmica e evolução estelar Astronomia Galáctica Relacionada a formação e evolução de galáxias Astronomia Extragaláctica Relacionada a estrutura em grande escala da matéria no universo Cosmologia Relacionada a Astropartículas, a estrutura e evolução do universo No que diz respeito ao Espectro Eletromagnético, utilizado para registrar as “imagens” do Universo, a Astronomia observacional pode ser categorizada em: Subdivisões Radioastronomia Astronomia Infravermelha Astronomia Óptica Astronomia Ultravioleta Astronomia de Raios-X Astronomia de Raios Gama A astronomia estabelece conexões interdisciplinares com diversas áreas científicas importantes, como Química, Biologia e Arqueologia. Esse entrelaçamento resulta no surgimento de campos especializados, tais como Arqueoastronomia, Astrobiologia, Astroquímica, Cosmoquímica, Astronáutica e Etnoastronomia.

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