E se um asteroide de 500 Km de diâmetro atingisse a Terra
A imagem de um grande meteoro atingindo a Terra e causando uma extinção em massa é uma memória presente na mente de todos que já leram algo sobre dinossauros. Além disso, esse impacto resultou em tsunamis gigantescos e teve efeitos duradouros no clima do nosso planeta no passado.
Esse evento cataclísmico ocorreu há 66 milhões de anos, no final do período Cretáceo, e deixou a famosa cratera de Chicxulub como evidência. Até hoje, a ideia de que asteroides estão em órbita relativamente próxima da Terra nos deixa um tanto apreensivos, como se estivessem à espreita, aguardando o momento propício para nos atingir.
Esses temores não são infundados, já que de fato existem “pedregulhos” espaciais que podem colidir conosco. A história do nosso planeta está repleta de tais impactos. Durante seu período de formação, a Terra era alvo de impactos com maior frequência, e acredita-se que a Lua tenha se formado como resultado de um desses eventos.
De acordo com informações da NASA, de 1994 a 2013, 556 asteroides de pequeno porte penetraram na atmosfera terrestre. A maioria deles se desintegrou, mas alguns conseguiram alcançar a superfície e causar danos, como o objeto que atingiu a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, alguns anos atrás. No entanto, surge a preocupação sobre o que aconteceria se um asteroide verdadeiramente grande colidisse com o nosso planeta.
Um asteroide com um diâmetro de 500 quilômetros, aproximadamente a distância de São Paulo a Belo Horizonte, colidindo no Oceano Pacífico geraria ondas de choque que se propagariam em velocidades hipersônicas. Um evento desse tipo resultaria na extinção da vida na Terra. O impacto seria tão colossal que romperia completamente a crosta terrestre na região afetada, lançando destroços para o espaço. Esses fragmentos entrariam em órbita baixa e, à medida que retornassem, devastariam toda a superfície.
Como se isso não fosse catastrófico o suficiente, a destruição não se limitaria a isso: uma tempestade de fogo se espalharia pela atmosfera, vaporizando qualquer forma de vida em seu caminho. Em apenas um dia, todo o planeta se tornaria inabitável. Os cientistas acreditam que eventos apocalípticos como esse ocorreram seis vezes ao longo da história da Terra.
Felizmente, não há ameaças iminentes nos próximos 100 anos relacionadas aos asteroides que já foram identificados próximos à órbita terrestre. No entanto, é crucial manter vigilância constante com telescópios, pois pode haver rochas espaciais ainda não detectadas que estejam mais próximas da Terra do que imaginamos.