Johannes Kepler
Johannes Kepler nasceu em 27 de dezembro de 1571, no sul da atual Alemanha, então parte do Sacro Império Romano, em uma cidade chamada Weil der Stadt, na região da Swabia.
Segue abaixo algumas curiosidades sobre os livros publicados por Kepler:
Livro: Mistérios do Universo
No início de 1597, Kepler publica seu primeiro livro, cujo título abreviado é Mysterium Cosmographicum (Mistérios do Universo).
Neste livro defendia o heliocentrismo de Copérnico, e propunha que o tamanho de cada órbita planetária é estabelecido por um sólido geométrico (poliedro) circunscrito à órbita anterior. Este modelo matemático poderia prever os tamanhos relativos das órbitas. Kepler enviou um exemplar para Tycho Brahe, que respondeu que existiam diferenças entre as previsões do modelo e suas medidas. Um exemplar enviado a Galileo, 8 anos mais velho que Kepler, fez este enviar uma pequena carta a Kepler agradecendo mas dizendo que ainda não havia lido, e dizendo que acreditava na teoria de Copérnico
Livro: Epitome Astronomiae
Entre 1617 e 1621 Kepler publicou os 7 volumes do Epitome Astronomiae Copernicanae (Compendium da Astronomia Copernicana), que se tornou a introdução mais importante à astronomia heliocêntrica, e um livro texto de grande uso. A primeira parte do Epitome, publicada em 1617, foi colocada no Index de livros proibidos pela Igreja Católica em 10 de maio de 1619. A proibição por parte da Igreja Católica às obras sobre o modelo heliocêntrico começou pelo fato de Galileo ter escrito seu livro Siderius Nuncius (Mensagem Celeste) em 1610, despertando o interesse do povo. A razão da proibição era que no Salmo 104:5 do Antigo Testamento da Bíblia, está escrito: “Deus colocou a Terra em suas fundações, para que nunca se mova”.
Livro: Harmonices Mundi
Em 1619 Kepler publicou Harmonices Mundi (Harmonia do Mundo), em que derivava que as distâncias heliocêntricas dos planetas e seus períodos estão relacionados pela Terceira Lei, que diz que o quadrado do período é proporcional ao cubo da distância média do planeta ao Sol. Esta lei foi descoberta por Kepler em 15 de maio de 1618.
Abaixo, as duas leis do movimento planetário e a 3ª Lei de Kepler, ou Lei Harmônica.
1ª Lei de Kepler
Ao analisar as posições de Marte observadas por Tycho Brahe, Kepler conseguiu, pela primeira vez na história, demonstrar que as órbitas dos planetas em torno do Sol não são circunferências perfeitas, conforme se acreditava até então, mas sim elipses. A formulação da Primeira Lei de Kepler pode ser resumida da seguinte forma: Os planetas movem-se em órbitas elípticas, nas quais o Sol ocupa um dos focos.
2ª Lei de Kepler ou Lei das Áreas
Os planetas não percorrem suas elipses com velocidades orbitais constantes. Próximo ao foco ocupado pelo Sol (periélio), os planetas aumentam sua velocidade, atingindo o valor máximo. À medida que se afastam do Sol (afélio), suas velocidades diminuem, alcançando um mínimo.
Apesar dessas variações de velocidade, Kepler demonstrou que as áreas “varridas” pelos raios vetores de um planeta são proporcionais ao tempo. Pode-se afirmar que a velocidade areolar de cada planeta é constante ao longo de sua órbita. Embora essas verificações tenham sido realizadas para Marte, Kepler intuiu que elas se aplicariam aos outros planetas, e enunciou a Segunda Lei de Kepler: Em cada órbita, o segmento de reta que une o planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais.
Ambas, a primeira e a segunda leis foram inicialmente apresentadas no livro “Astronomia Nova” em 1609.
3ª Lei de Kepler ou Lei Harmônica
A terceira lei foi publicada no livro “Epitome Astronomiæ Copernicanæ” em 1619. O enunciado dessa lei é o seguinte: Os quadrados dos períodos das órbitas dos planetas são proporcionais aos cubos dos semieixos maiores das respectivas elipses.